Aí está ele, o novo treinador do Sporting CP: João Pereira. Depois de um longo ciclo com Ruben Amorim no comando técnico da equipa, os sportinguistas despediram-se oficialmente do treinador e deram as boas-vindas ao técnico de 40 anos.

O antigo técnico da equipa B dos verde e brancos assume o comando técnico da turma de Alvalade até 2027. Pode ler aqui a primeira parte das declarações do novo timoneiro dos leões.

João Pereira em discurso direto:

Quem é João Pereira, o treinador?: «A mim pediram-me para eu ser eu próprio. O maior erro seria eu tentar imitar alguém, mas também seria um erro tentar mudar tudo de um dia para o outro. O João Pereira treinador traz outras coisas, outra experiência e eliminou características que não eram benéficas para mim. Sou um treinador que detesta perder, adora ganhar, sou muito competitivo e gosto das minhas equipas muito aguerridas. Sou uma pessoa muito mais calma do que quando era jogador.»

Passagem de testemunho: «Ainda não fui ao gabinete. Iremos todos no final desta apresentação. Levo um conselho do Ruben: 'João, sempre que queiras inserir um novo comportamento ou dinâmica na tua equipa e não consigas passar aos jogadores numa frase simples, é porque ainda não estás preparado para a passar'. Isso ficou-me na cabeça e é verdade. Quando queremos passar algo aos nossos jogadores tem de estar bem claro na nossa cabeça. Até nisso tenho de lhe agradecer.»

Chamada do Presidente: «Pensei que tinha de ganhar ao Lusitânia. Foi antes do jogo com o Lusitânia, saí da palestra para o jogo e recebi a chamada do presidente: 'Prepara-te que pode ser mais cedo'. Como o Presidente disse isto era um processo que estava a ser preparado há muito tempo, e com tudo o que se falava da hipótese do Ruben sair agora ou depois... eu estou preparado!»

«A preparação não foi feita nesta última semana, a preparação tem sido feita nos últimos anos. Seria um erro se eu só me tivesse tentado preparar na última semana. Fiz o trabalho de casa e, por isso, tenho confiança naquilo que posso trazer ao clube e aminha equipa técnica também.»

Internacionais ausentes: «Vamos ter poucos jogadores. É sinal que o Sporting tem grandes jogadores. Tem um lado positivo, vou continuar a trabalhar com muitos jogadores da Equipa B. Depois o ciclo... Vamos jogo a jogo. O mais importante é o jogo com o Amarante, mas vamos estar preparados para o que aí vem.»

Pressão: «A pressão faz parte do futebol. Tenho uma bagagem grande por ter passado nos clubes que passei. As pessoas vão estar curiosas, vão ter dúvidas, mas o fundamental é eu e a minha equipa técnica não termos dúvidas daquilo que iremos fazer.»

Confiança dos jogadores: «Foram quatro anos e meio de uma liderança, e muitos dos jogadores foi o Ruben a ir buscar. Desenvolveu uma grande relação com eles, e é normal que a minha relação não seja igual para já. É uma relação que vai evoluir. Com vitórias e triunfos a confiança que tinham no mister Amorim vão ter em mim também.»

Forma de jogar: «Quem esteve atento à equipa «B» este ano, e aos sub-23, viu que os nossos comportamentos eram muito parecidos à equipa «A». Isso vai ajudar, mas aos poucos vamos tentar introduzir a nossa «mãozinha». Queremos uma equipa consistente defensivamente, pressionante e que não deixa a equipa adversária confortável com bola. Do outro lado, o inverso. Queremos estar confortáveis com bola, saber onde temos de estar, saber identificar os espaços livres e saber como atacá-los.»

Pai: «Ainda não falei muito bem com o meu pai. A única pessoa que sabia disto era a minha esposa. Não queria criar distrações, nem a minha equipa técnica sabia. Quando sair daqui vou dar um grande abraço ao meu pai, que é um grande sportinguista. Uma das maiores alegrias que lhe dei foi ter sido campeão pelo Sporting. Acredito que esteja a chorar em casa, um abraço para ti!»