O processo da aguardada expansão da Liga, cujas novas equipas, deverão ser duas, que deverão começar a jogar a partir de 2027/28, era para arrancar em força após terem sido negociados os direitos de transmissão dos jogos a partir de 2025/26.

Mas não. Tudo parou. A NBA decidiu adiar. Razão: os Boston Celtics e Minnesota Timberwolves estão à venda e em situações mais ou menos complicadas, até porque no caso dos Celtics a transação poderá ser por fases e o commissioner Adam Silver não é muito adeptos desse tipo de transferência.

Contudo, os montantes destes negócios podem ajudar a fixar a quantia que a Liga irá pedir de joia a quem deseja entrar. Las Vegas e Seattle são apontadas como as principais localidade candidatas a receberem um clube, mas Cidade do México, Louisville, Kansas City ou Vancouver também esperam poder entrar na corrida.

Celtics à venda devido a desacordo entre pai e filho

Segundo o diário New York Post, afinal a razão porque dias depois dos Celtics terem conquistado o 18.º título Wyc Grousbeck surpreendeu tudo e todos ao anunciar que o clube está à venda deve-se a um diferendo na família Grousbeck, principal acionista da Boston Basketball Partners. Grupo económico que tem a maioria do clube comprado em 2003 por… 360 milhões (331 milhões de euros).

Wyc, de 63 anos, é o CEO e quem tem liderado a franchise, mas, na realidade, só tem 3 por cento da sociedade. O seu pai, Irving Grousbeck, de 90 anos, detém 20 e não está satisfeito com os elevados gastos salariais para construir o plantel que tem levado os Celtics longe no play-off e à conquista do título.

Êxito que obriga a pagar centenas de milhões em taxas de luxo à Liga e reduz bastante os lucros. Por isso, quer que o filho venda.

Até porque o BBP não é dono do TD Garden e não beneficia das receitas dos outros eventos que ali se realizam. Prevê-se que, a partir de 2025/25, quando a taxa de luxo ainda se tornar mais dura, os Celtics tenham de pagar mais de 510 milhões de dólares de dólares (€469 milhões de euros) entre salários e taxas.

Venda dos Wolves num conflito fora dos tribunais

No caso dos Wolves, o processo é litigioso, mas que tem tentado ser resolvido fora dos tribunais para ficar afastado do conhecimento público.

Vai recomeçar em novembro com um juiz arbitral depois de, há quatro meses, ter falhado uma mediação. Glen Taylor, sócio maioritário que colocou a sua parte à venda, continua a referir que a sociedade onde está Marc Lore e a ex-estrela de basebol Alex Rodriguez falhou prazos e acordos do negócio que culminaria com a compra por $1,5 mil milhões (€1,38 mil milhões) no princípio do ano.

Por seu lado, aqueles defendem-se e dizem que não é verdade. Que foi Taylor quem recuou e não aceitou os dois últimos pagamentos.

A liga tem-se mantido afastada desta disputa, mas terá sempre uma palavra a dizer sobre se aceita os novos proprietários.