Ao fim de sete jornadas decorridas, o Estoril ocupa o 13.º posto da tabela da Liga, mas lidera um registo em particular neste campeonato graças ao perfil de Fabrício Garcia. O cabo-verdiano tem vindo a revelar-se – foi considerado o melhor em campo no empate alcançado frente ao Rio Ave (2-2), há duas rondas – e ostenta o estatuto de jogador até ao momento mais fustigado por faltas no presente campeonato.
Fabrício apresenta uma média de 3,85 faltas sofridas por jogo, números que não conhecem correspondência em qualquer outro jogador utilizado nesta Liga, e que apenas são aproximados por Kaio César, do Vitória de Guimarães, que conta 3,79 faltas sofridas por jogo. Um item que não será obra do acaso e que justifica o êxito do estilo irreverente do extremo do Estoril, que não receia procurar o duelo direto e, por isso, não surpreende o facto de, em simultâneo, ser também o segundo jogador da Liga com mais duelos ofensivos ganhos.
Nesse departamento em particular, Fabrício Garcia apenas é suplantado pelo poderoso Viktor Gyokeres, do Sporting, que nas sete primeiras jornadas da Liga alcançou uma média de 18,27 duelos ganhos em média por partida, o que corresponde a 42% das disputas diretas que manteve com os seus adversários. Segue-se de imediato o ala de 23 anos, que se destaca na Linha de Cascais com 16,15 duelos a seu favor, em média, por partida, numa percentagem que supera ligeiramente a de Gyokeres (43%).
O sucesso de Fabrício nos duelos, e as muitas faltas que conquista, estão na sua maioria ligadas à velocidade que acrescenta, razão pela qual não surpreende o facto de estar também bem colocado – em quarto – no item das corridas progressivas (4,36 por partida) liderado por Roger, do SC Braga, com cinco. Um somatório de aspetos que apontam bem o promissor início de época de Fabrício, que recentemente recebeu nova convocatória para representar o seu país, Cabo Verde, para onde partirá logo depois da receção ao Farense, no domingo.