6 DIOGO COSTA — Pode dizer-se que foi um espectador atento nesta tarde de sol. E atento desde cedo, quando aos 5 minutos Tomané ensaiou um pontapé de bicicleta vistoso dentro da área azul e branca. De resto, só foi chamado a receber dois ou três atrasos de companheiros para reiniciar jogadas, meis dúzia de pontapés de baliza e duas defesas de dificuldade média no período em que o Farense mais se atreveu. Aliás ocorreram em pouco mais de um minuto, aos 56' (cabeceamento de Moreno) e aos 57' (remate de Rafael Barbosa).

5 JOÃO MÁRIO — Podia ter começado em glória, quando aos 3 minutos atirou, pleno de oportunidade e coragem ofensiva, ao poste de Ricardo Velho (dessa vez, como em três outras, não foi o guarda-redes a salvar). Teve uma exibição regular, sem medo de mostrar-se no processo atacante e resolvendo com facilidade os problemas defensivos. Aos 59 minutos escapou a um amarelo quando travou (tinha de ser!) uma arrancada de Tomané. Valeu-lhe estar ainda muito longe da baliza portista, mas o lance poderia mesmo ter sido perigoso.

5 NEHUÉN PÉREZ — Reforço em estreia, foi sóbrio e eficaz no pouquíssimo que teve de fazer em trabalho defensivo. A forma como recebia e passava, confiante, dava ideia de que já joga no FC Porto há algum tempo. Sem poder sequer brilhar, por falta de volume de tarefas, mostrou características que podem fazer dele titular no dragão de Vítor Bruno.

4 OTÁVIO — Perto do intervalo teve um pormenor de classe que chamou a atenção, quando em vez de atrasar uma bola em profundidade para Diogo Costa travou, fintou o adversário e saiu a jogar. Se calhar deu-lhe confiança a mais, porque errou de forma incrível no golo do Farense, deixando a bola bater à frente e por isso falhando o corte, isolando Tomané. Intranquilizou-se e voltou a errar duas vezes, com as bancadas do Dragão a repararem... Aos 12 minutos ia inaugurando o marcador, com cabeceamento ao poste.

5 FRANCISCO MOURA — Foi o primeiro portista a tocar na bola, o que fica como nota engraçada na estreia. Esteve seguro a defender e infiltrou-se sem aparentes receios na manobra atacante quando tal se tornou pertinente, até mesmo em espaço mais interiores. Bateu exemplarmente um livre para a cabeça de Nico González, aos 35 minutos, que só não acabou nas redes do Farense por causa do já várias vezes citado suspeito — Ricardo Velho.

7 ALAN VARELA — Jogo bastante consistente da formiguinha trabalhadora do meo-campo portista. Recuperador de bolas de profissão, tem critério com o que depois faz com ela nos pés. Exemplos: grande passe para Pepê fazer brilhar Velho aos 18 minutos; excelente recuperação aos 66 minutos, que terminou com remate de Nico ao poste; last but no least, rematou de forma decisiva para mais uma defesa de Velho aos 75 minutos, só que estava lá Samu para a recarga.

7 NICO GONZÁLEZ — Joga no duplo pivô com Varela, mas é claramente mais ofensivo que o colega argentino, constituindo com Pepê uma dupla de respeito na construção pelo meio e na capacidade de derivar o jogo para as alas quando tal se torna aconselhável. Esteve por três vezes perto de marcar — em duas esbarrou em Ricardo Velho (12' e 35'), noutra no poste (66').

6 IVÁN JAIME — É de classe refinada e tem rapidez de processos. Confirmou o bom arranque de época e logo aos 2 minutos já estava a isolar João Mário para a primeira das inúmeras oportunidades do FC Porto. Fez pelo golo, ele que tem estado afinado, aos 40 minutos (mais uma defesa adivinhem de quem) e aos 62, este numa espécie de tentativa de repetição do chapéu que aplicou a Kovacevic na Supertaça. Só que Ricardo Velho estava no sítio certo...

7 PEPÊ — É um dínamo sempre em ação. De dentes cerrados para defender e logo depois de cabeça levantada e pés afinados para atacar. Só à conta de Pepê fez Ricardo Velho três das defesas que lhe tornaram a tarde inesquecível. Passou para a direita com a entrada de André Franco e o fulgor não foi o mesmo. Parece talhado para a posição 10 neste FC Porto de Vítor Bruno. Veremos como evoluem as coisas.

7 GALENO — Não é possível verter aqui todas as notas tiradas ao longo dos 90 minutos a propósito de intervenções de Galeno, quase todas boas ou muito boas. Se já se revelava, enquanto emprestado à posição de lateral, um dos mais influentes do arranque de época portista, o adiantamento no terreno que a contratação de Francisco Moura permitiu só veio dar-lhe ainda maior protagonismo. Alvo de homenagem das bancadas ao minutos 13, não demonstrou o mínimo sinal de a transferência falhada para a Arábia o ter perturbado no que respeita ao compromisso com a equipa. Ganhou e transformou o penálti do 1-0.

5 NAMASO — Dono de técnica apurada, foi muito ativo na procura de espaços em terrenos mais recuados e nas alas, permitindo uma boa dinâmica de mudanças de posição no ataque azul e branco. Vítor Bruno pressentiu que necessitava de um avançado mais posicional e, em boa hora para os dragões, trocou-o por Samu.

5 ANDRÉ FRANCO — Entrou para o meio e ajudou no assalto final à baliza do Farense, fazendo com que se não notasse a ausência de Pepê naquela área do terreno.

5 GONÇALO BORGES — A primeira corrida que fez terá sido para festejar o golo de Samu, já que entrou um minuto antes. Mas depois fez mais, e algumas acutilantes pelo flanco direito.

5 MARTIM FERNANDES — Também teve pouco tempo para mostrar trabalho. Mas mostrou que será sempre uma excelente solução para a lateral direita. Personalizado a defender e afoito a atacar.