Tadej Pogacar chegou à Paris-Roubaix com a clara missão de tornar-se o primeiro vencedor do Tour a conquistar o inferno do norte desde 1981, quando Bernard Hinault juntou ao Tour a Paris-Roubaix, mostrando que voltistas também sabem andar no pavé.

Mas não conseguiu. O esloveno foi traído por uma queda a 38 quilómetros da meta e pela experiência e qualidade de Mathieu van der Poel que conquistou a clássica pela terceira vez consecutiva.

«Foi uma das corridas mais difíceis que fiz na minha carreira. É uma pena não ter computador [avariou na queda] nos últimos 40 quilómetros, porque penso que o final ia ser espetacular. Quando estávamos cinco, estava com alguns dos meus melhores dados de potência de sempre», disse Pogi que entrou debaixo de aplausos no velódromo que dita o fim dos 259,6 quilómetros da prova.

Quanto à queda que hipotecou o seu plano, Pogacar explicou que estava a olhar para as motos que seguiam à sua frente e não as viu curvar. «Quando cheguei à curva, ia mesmo depressa, porque estava vento traseiro e eu estava a atacar. Ia demasiado rápido», assumiu o corredor que se tornou o primeiro vencedor do Tour a subir ao pódio da histórica corrida francesa, nos últimos 50 anos, depois de, em 1975, Eddy Merckx ter sido segundo, após conquistar a quinta e última Volta a França.