Tony Adams, antigo capitão do Arsenal e de Inglaterra, falou ao The Guardian sobre a morte de James W, diretor da Sporting Chance, a instituição de solidariedade da qual é responsável. Na entrevista, o ex-jogador assumiu como o mesmo foi importante no processo de lidar com o seu vício do álcool.
«Foi o meu herói, terapeuta, patrocinador e mentor. Ele salvou-me a vida e deixou centenas de outras pessoas limpas», começou por dizer.
O ano de 1996 foi muito complicado para o ex-futebolista, sendo que uma lesão em fevereiro fez com que tivesse mais problemas com a bebida: «Eu não queria estar no planeta, então foi um período muito sombrio na minha vida. Em fevereiro lesionei-me, em março levaram-me os meus filhos. Não bebia perto deles, mas desmaiei numa noite de domingo. Então a minha sogra levou-me os filhos», explicou.
Essa mesma sogra foi quem lhe facultou o número de James W e lhe «salvou a vida», mas Adams voltou ao fundo do poço depois do Euro 1996. «Quando o Gareth Southgate falhou aquele penálti, tive uma 'bebedeira' de 44 dias. No final estava paranoico, pensava que estava a matar pessoas», contou ainda.
Recorde-se que o funeral de James W aconteceu na passada quarta-feira, e, no dia seguinte, Tony Adams foi nomeado presidente da The Forward Trust, instituição de caridade nacional de recuperação e dependência química.