Rui Borges realizou a antevisão do Sporting x Farense. Encontro da 20ª jornada da Primeira Liga joga-se em Alvalade.

Rui Borges fez a antevisão do duelo entre o Sporting e o Farense, da 20ª jornada da Primeira Liga. Depois do empate diante do Bolonha para a Champions League, leões mudam o foco para o campeonato.

«Farense? É uma equipa à imagem do treinador, muito bem organizada. Preocupou-se mais com o processo defensivo, bloco médio-baixo com muita gente comprometida, homens rápidos e fortes na transição, forte nas bolas paradas. Conheço o treinador e acho que organiza bem as suas equipas, defensivamente e ofensivamente, com padrões interessantes. Sabemos que são jogos difíceis, tivemos o exemplo do Nacional da Madeira. No último terço temos de tomar boas decisões e ter inspiração, reação à perda para não deixar o Farense sair. Temos de ter calma e paciência, pode não ser tão bonito para quem vê, mas o futebol é isto. Nem sempre haverá espaço, precisamos de inspiração e combinações diretas e indiretas. O golo é importante o mais cedo possível, mas respeitamos o adversário para não ter dissabores».

«Baixas? Temos tido várias lesões e parece que estamos curto, mas temos muita gente fora magoada e no departamento médico. Queria ter todos disponíveis, se estivessem não falavam do mercado. Estou mais preocupado em ter a malta recuperada, o mercado de janeiro é ingrato, os jogadores estão indisponíveis. Para ir buscar as melhores soluções é preciso ter bastante dinheiro, ninguém vende. Temos é de recuperar os indisponíveis, aí o plantel está equilibrado».

«Marcus Edwards? Não tenho problema com ele, não está a ser solução para o treinador. Não tenho qualquer problema, se sair é uma venda do clube, libertar um jogador que não está a ser solução. Como ele poderia sair outro que não estivesse tão feliz com os minutos. O Edwards não é problema, não está a ser solução. Não se trata de alívio»

«Hugo Viana? Tem estado connosco todos os dias, tem tido um compromisso fantástico connosco. É isso que posso dizer. Feliz por estar ao nosso lado e por sentir o carinho e o apoio que nos tem dado».

«Bolas paradas? Temos treinado. É um momento de inspiração de quem bate, quem ataca. Temos de perceber o que temos, as equipas defensivamente são mais atléticas e defensivas. É um momento cada vez mais importante e as equipas olham para esse momento de jogo, é mais difícil fazer golos. Depende de quem bate e finaliza. Eles estão focados, fazem o que queremos e é isso que me deixa feliz».

«Viktor Gyokeres e Debast? O Viktor e o Morita estão em dúvida, é no dia a dia e no que sentimos em cada dia que passa. Vamos perceber se os temos e se vale a pena correr o risco. Foco-me nos jogos, no nosso entendimento. São jogadores com fadiga, o Quenda também. Temos de tentar gerir, uns mais fáceis outros nem tanto, mas é clínica diária, mesmo do próprio jogador. Depois tomamos decisões em cima do jogo. Se não jogar deve ficar frustrado, é um competidor de nascença. É a ambição dele e de ajudar a equipa, é muito preocupado com a equipa. Se não jogar fica frustrado, como todos os outros. O Pote também, tem sido um jogador importante nos últimos anos. É difícil diariamente lidar com a frustração».

«Lesionados? Não há responsáveis, cada jogador tem a sua genética e há coisas que controlamos e não controlamos. Não procuramos culpados, só na solução e nunca no problema. Queremos é recuperá-los e pô-los o mais rápido possível a ajudar a equipa. Os jogadores são seres humanos, não são máquinas. O futebol é isso e aqui procuramos soluções mais que os problemas».

«Pedro Gonçalves? Vejo-o focado na recuperação e estamos todos preocupados em recuperá-lo. Há coisas que não controlamos, o jogador não é uma máquina, é um ser humano. Há uns que conseguem recuperar mais rápido, outros com mais sintomas. Sei que está a ser bem tratado e queremos recuperá-lo a 100%. Há coisas que não controlamos. Não vale a pena estar com prazos, é focar na recuperação dele, quando estiver a 100% vai ajudar. Estão tristes porque querem ajudar».

«Sorteio da Champions? Mais do que o adversário, o Borussia Dortmund fez grandes jogos na Champions, frente de ataque fortíssima e vai mudar de treinador, um jogo difícil, fiquei feliz pelos dias de jogos, jogar em casa terça e depois fora quarta, para respirar entre os jogos. É importante porque temos muita malta cansada».

«Debast e Quaresma? O Debast não foi nada de grave, pode ser opção. O Quaresma também está recuperado e a trabalhar com a equipa»

«Linhas mestra? Temos uma vantagem, independentemente dos pontos, mas a dificuldade é mantê-la. Temos de ganhar, ser competentes e ganhar os nossos jogos. Temos de focar no Farense, passar a informação aos jogadores e dentro das dificuldades levar o jogo de vencido. A vitória dá-nos a margem dos seis pontos, mas é uma vantagem como outra qualquer. A equipa está motivada por estarmos em primeiro, mas vai custar muito manter a posição. Vão ser verdadeiros leões e vamos fazer um bom final de época».

«Resguardar jogadores para a Champions e FC Porto? Temos de pensar em tanta coisa que não têm noção dos pormenores. Com os jogadores é isso. Todos os jogos são muito importantes, se calhava não ganhar ao Nacional da Madeira, criticavam se não usasse o Viktor Gyokeres. O jogo mais importante é com o Farense. Aqui ninguém toma decisões sozinhos, todos são precisos, mas se acharmos que vale a pena jogam, se não não vale a pena. O foco é com o Farense. Antes o jogo com o Nacional era mais importante que o do Farense, porque era o próximo. Agora só importa ganhar ao Farense, que vai ser difícil. No FC Porto logo se verá quem vai jogar e o processo é igual».

«João Simões e Geovany Quenda? Não podia estar melhor. Fala-se dele para os grandes clubes porque dá uma resposta fantástica. Não preciso de ser eu a dizer, é predestinado e terá um futuro muito bom pela frente e chegará a grandes clubes mundiais. Sinto-o confiante, motivado e comprometido. Sente o Sporting e o interesse é normal. Mais do que deixá-lo feliz, tem de o motivar, estamos a falar de um miúdo de 17 anos. O golo do Sporting na Champions foi criado por miúdos com 17, 18 e 19… o Harder tem 19, às vezes até parece que tem 15 porque é muito expressivo. O João Simões… Temos de pensar em muitas coisas. Ninguém sabe que o Simões não treinou no dia antes porque estava com queixas. Está preparadíssimo para jogar a titular, já o foi comigo e vai responder. Mas nós temos de pensar em muitas coisas, dentro das dificuldades e informações que temos. São coisas em que temos de pensar. Percebo que desse lado, todos façam uma equipa. Está preparado para jogar e dá o mesmo em 5 minutos e em 90».

O Sporting x Farense joga-se este domingo, dia 2 de fevereiro, e tem apito inicial marcado para as 18h.