Gyokeres, numa das raras vezes desde que chegou a Alvalade, conseguiu repartir protagonismo no último jogo com o Aves SAD. O avançado sueco bisou, somou o 10.º golo na Liga, mas teve um inédito parceiro do golo na linha ofensiva. Falamos de Conrad Harder, avançado dinamarquês, de apenas 19 anos, que marcou e assistiu logo na estreia como titular.
Com a onda de lesões que assola o plantel leonino, nomeadamente com Pedro Gonçalves e Marcus Edwards, emerge uma questão: será esta dupla para manter? Foi uma vez sem exemplo ou uma fórmula a repetir? Paulo Alves, treinador, que conhece bem os leões pelo período que passou em Alvalade enquanto jogador, questionado por A BOLA, não tem dúvidas.
«Claro que podem funcionar juntos. Foi um primeiro ensaio, mas a verdade é que há algumas notas positivas. Apesar de alguma inexperiência e desconhecimento da Liga, por parte de Harder, com o tempo as coisas vão ficando melhores. Vai conhecer melhor o sistema, melhor os colegas, a tendência será a evolução do entrosamento do jogador. É certamente uma opção a ter em conta para o futuro. Não sei se para começar os jogos todos, mais até eventualmente numa situação em que o Sporting está a precisar de algo mais ou estar em desvantagem», disse o técnico, de 54 anos, que reforçou a ideia.
Harder? É claro que é complicado comparar alguém como Gyokeres. Mas é um jogador que na sua essência tem bastantes semelhanças, desde logo pelo poderio físico, a capacidade de finalização, tecnicamente com algo para evoluir, mas esse é um fator a ser trabalhado com o tempo. Está ali um jogador com potencial para poder ser um jogador à semelhança de Gyokeres
«Rúben Amorim, num jogo em que à partida tinha todo o favoritismo, e que a dificuldade poderia não ser muito elevada, tentou ver qual seria o comportamento de Harder e tirou notas positivas. Mas há muitas coisas a melhorar, aperfeiçoar, mas esta fórmula é algo que tem tudo para crescer», ressalvou.
A terminar, Paulo Alves tentou evitar as comparações entre o dinamarquês e o sueco…
«É claro que é complicado comparar alguém como Gyokeres. Mas é um jogador que na sua essência tem bastantes semelhanças, desde logo pelo poderio físico, a capacidade de finalização, tecnicamente com algo para evoluir, mas esse é um fator a ser trabalhado com o tempo. Está ali um jogador com potencial para poder ser um jogador à semelhança de Gyokeres. Mas só o futuro e a evolução dele o dirá. Os adversários? Se Gyokeres, por ele próprio, já aterrorizava qualquer defesa, em termos de força física, condução de bola, é jogador terrível no deslocamento para as faixas laterais, é muito complicado para os defesas. Ele sozinho já era um terror… com dois as coisas podem complicar-se muito mais. Aperfeiçoando os movimentos, maior conhecimento entre os jogadores, a evolução for positiva, está aqui uma frente de ataque explosiva nos próximos tempos em Alvalade.»