Nélson, ex-lateral do Sporting, marcou presença na Gala Rugido Leonino do Núcleo Sportinguista de Braga e abordou a saída do diretor-desportivo, Hugo Viana, para os ingleses do Manchester City, confessando que ficou surpreendido, sendo que aplaudiu o facto de ter sido tudo feito às claras e esclarecido com o devido tempo.

«Para mim foi uma surpresa, sinceramente. Já estamos numa fase em que só falta vender presidentes. Hugo Viana está os frutos do seu trabalho. Não só aquilo que tem feito pelo Sporting, mas também do seu percurso enquanto profissional do desporto. É com muita pena que o vejo sair, porque quando tens uma equipa que tem contribuído para o sucesso do futebol e vês esses quadros a sair, deixa-nos um amargo de boca, pois queríamos que continuasse. Tal como se vai falando de uma possível saída do Rúben Amorim e ninguém do Sporting quer que ele saia, ou que o Gyokeres saia. A mesma coisa se pode dizer do presidente Frederico Varandas. Tudo o que são quadros importantes no clube, o Sporting deve fazer um esforço para os manter, mas infelizmente como não os pode manter é necessário resignarmo-nos», explicou, à margem dos festejos, e apontou o caminho.

«O importante para o clube é que esteja preparado para essas saídas e que quem os venha substituir possa estar ao mesmo nível e, se possível, melhor.»

Já relativamente ao facto de o treinador Rúben Amorim poder acompanhar Hugo Viana, saindo no final da temporada e, possivelmente, também para o Manchester City, Nélson não crê nesse desfecho, no entanto lembra que o futebol é pródigo em reviravoltas.

«É sempre um risco, embora ache que o Guardiola vai cumprir o contrato até ao fim e ficar mais uma temporada. No entanto, o futebol é uma caixinha de surpresas e também é preciso esperar pelos processos que o Manchester City tem pendentes na Justiça, pois ninguém sabe no que aquilo vai dar. De hoje para amanhã, há uma decisão desfavorável ao Man. City e o Guardiola pode, eventualmente, abandonar o clube e ser uma oportunidade para outro treinador qualquer e aí o Rúben Amorim é uma hipótese, como outro qualquer.»