
Uma empresa de biotecnologia americana revelou ter conseguido reproduzir em laboratório o lobo gigante, conhecido como lobo-terrível, extinto há mais de 10 mil anos. A Colossal Biosciences apresentou, através da revista Time, dois exemplares de lobos brancos, e promete não ficar por aí, planeando trazer outros animais da extinção e evitar que outros desapareçam através da preservação do seu material genético.
A empresa anunciou que deu vida a Rómulo e Remo, duas crias de seis meses criadas através de combinações genéticas com ADN encontrado em fósseis - um dente com 13 mil anos e um crânio com 72 mil anos. Os cientistas decifraram o genoma do lobo gigante, reescreveram o código genético do lobo cinzento e combinaram-nos, e utilizaram cães domésticos como mães. Pode dizer-se que não é o lobo terrível 'puro', mas a revelação abalou o mundo científico.
As crias nasceram em outubro do ano passado e foram agora apresentadas pela empresa e através de um artigo na Time. A empresa apresentou também a fêmea Khaleesi, que não apareceu na reportagem por ter nascido em janeiro.
O lobo-terrível, que habitou o continente americano do Canadá à Venezuela, é considerado a inspiração do lobo que simboliza a Casa Stark na saga Crónicas de Gelo e Fogo, que deu origem à série "A Guerra dos Tronos".
A Colossal Biosciences anunciou que tenciona ressuscitar, ou ‘desextinguir', o mamute-lanoso - já conseguiu fazer um rato com pelo - , o dodó e o tilacino, ou tigre-da- Tasmânia, nos próximos anos.
«Somos uma força evolutiva neste momento. Estamos a decidir qual será o futuro destas espécies... Devemos dar-nos uma oportunidade de ver o que os nossos grandes cérebros podem fazer para reverter alguns dos danos que já causámos ao mundo», explicou Beth Shapiro, diretora científica da Colossal, empresa fundada em 2021 e que emprega mais de 120 cientistas, à Time.
E para quem já está a pensar no Parque Jurássico e em dinossauros, a empresa já disse: «Não vai dar.»