O Banco do Chipre deu a conhecer nesta terça-feira os seus resultados de 2024, tendo alcançado um aumento de 4% no lucro do ano para 508 milhões de euros. No entanto, o quarto trimestre do banco registou uma quebra de 18,3% do lucro em cadeia, com o pior resultado do ano.

A instituição cipriota anunciou que vai propor um dividendo aos acionistas de 50%. No total, estão em causa 241 milhões de euros, segundo o comunicado do banco, em que 211 milhões serão pagos em dinheiro e 30 milhões serão aplicados num programa de recompra de ações. A assembleia geral de acionistas está marcada para 16 de maio e o maior banco do Chipre vai propor uma distribuição equivalente a 48 cêntimos por ação, uma subida de quase 100% em relação aos 25 cêntimos do ano anterior. Para o futuro, o banco espera distribuições de dividendos entre 50% e 70%.

A margem financeira teve um crescimento na mesma ordem do lucro, fixando-se em 822 milhões de euros. A receita total do banco teve uma variação quase nula, totalizando 1,09 mil milhões. Do lado das despesas, estas subiram 6% para 406 milhões. Apesar da estagnação das receitas e o aumento das despesas, o banco fez uma redução de provisões considerável face ao ano anterior, com uma descida de 32% neste campo, o que explica a subida do lucro da instituição.

Olhando para os indicadores de capitalização, o Banco do Chipre tem um rácio CET1 de 19,2%, mais 1,8 pontos percentuais (pp) do que em 2023, com o rácio de capital total a ascender a 24%, uma subida de 1,6 pp. O RoTE foi de 21,4%, menos 3,4 pp do que em 2023. Já o rácio de cobertura NPE fixou-se em 111%, mais 38 pp face ao período homólogo e o rácio de eficiência está nos 37%, tendo aumentado 2 pp.