Entre julho e setembro, o grupo aeronáutico viu o seu volume de negócios recuar 1% para 17,84 mil milhões de dólares.

As causas das perdas devem-se à greve de 33.000 trabalhadores iniciada em setembro e a uma queda na entrega de aviões comerciais e de defesa.

A greve paralisa desde 13 de setembro as duas principais fábricas do grupo.

No terceiro trimestre, a Boeing entregou 116 aviões comerciais, menos 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

"A minha missão é clara, colocar este grande navio no rumo certo e fazer a Boeing regressar à posição de líder que conhecemos e desejamos", indicou Kelly Ortberg, presidente executivo do grupo desde agosto nos comentários que acompanham a publicação dos resultados.

"Estamos preocupados com os desafios de hoje, mas devemos construir as bases da Boeing de amanhã", acrescentou, detalhando as prioridades dessa missão, a começar por "uma mudança fundamental da cultura" no seio da empresa.

Segundo o líder do grupo, "é preciso tempo".

O prejuízo líquido de 6,17 mil milhões de dólares é o mais importante num trimestre em quatro anos. No quarto trimestre de 2020, o grupo anunciou um prejuízo de 8,42 mil milhões de dólares.

Os analistas da FactSet apontavam agora para perdas da ordem de 6,12 mil milhões de dólares, segundo a AFP.

Por ação, o prejuízo foi de 10,44 dólares, quando se antecipava que fosse de 10,35 dólares.

Nas operações que antecedem a abertura da Bolsa de Nova Iorque as ações da Boeing recuavam 0,63%.

EO // JNM

Lusa/fim