Se o universo das Júnior Empresas é indicativo do que o futuro será, há muito bons sinais no horizonte. No dia que celebra o Movimento das Júnior Empresas, JEDay, não só há profissionalismo de sobra, apesar de os gestores júnior estarem apenas entrados na segunda década das suas vidas, como é notória a presença alargada de mulheres a liderar estas organizações.
É o caso de Rita Pereira, a CEO da JuniFEUP, que explica, em entrevista ao SAPO, como desde o virar do século se tem construído esta Júnior Empresa focada na criação de impacto através da formação da próxima geração de líderes. Na prática, a empresa nascida no seio da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto "oferece soluções nas áreas de IT, desenvolvimento de produto e consultoria de gestão", apostando em capacitar os seus membros através de uma experiência imersiva. E tem em mãos a módica quantidade de 165 projetos.
O impacto não é limitado aos estudantes, tocando também a comunidade em volta. "Desde o início temos a responsabilidade social no centro das nossas prioridades e garantimos sempre algum apoio a causas comunitárias e projetos pro bono", conta Mário Branco, o COO da Júnior empresa. As ideias são sugeridas pelos estudantes, votadas e depois concretizado o projeto. "Neste ano, estamos a desenvolver um algoritmo que permite fazer o matching entre cuidadores da Associação Cuidadores e as pessoas que deles precisam", diz, apontando outros exemplos de apoio como o prestado à Associação Portuguesa da Esclerose Lateral Amiotrófica.
E o que aprendem os estudantes com estes e os outros projetos e com a própria gestão da JuniFEUP? Rita não tem dúvidas: "Esta experiência adiciona ao que aprendemos na universidade, aprendemos a dimensão de uma organização, a quem reportamos, a interagir com os stakeholders, todas as capacidades que se vivem numa empresa normal. E também aprendemos quais são os nossos pontos fortes e fracos, sendo também uma oportunidade de cometer erros."