A informação de que Christine Ourmières-Widener foi afastada da presidência da Air Caraïbes e da French Bee, companhias que tinha ido liderada depois da saída tempestiva da TAP, foi avançada pelo jornal francês “L´Echo Touristique”, confirmando uma possibilidade já noticiada pela imprensa francesa desde a semana passada.

A saída de Ourmières-Widener ocorre um ano e meio após a sua chegada à direção das duas transportadoras, para substituir Marc Rochet.

“O grupo Dubreuil e a sua diretora-geral Christine Ourmières-Widener decidiram separar-se”, diz o L'Echo, citando um comunicado da empresa que detém a Air Caraïbes e a French Bee, de 21 de janeiro.

Ourmière-Widener terá sido afastada por Paul-Henri Dubreuil, diretor-geral do grupo familiar da Vendeia. De acordo com o L´Echo, no centro das divergências entre a gestora e família Dubreuil estiveram desacordos face à gestão e os resultados das companhias: "demasiadas despesas, poucas receitas".

A degradação da Air Caraïbes em termos de pontualidade e de eficácia do serviço ao cliente, com uma perda de 56 lugares num ano, entre as questões que desagradaram aos acionistas.

A gestora francesa chegou à Air Caraïbes e French Bee, pouco depois de ter sido despedida na TAP na sequência de uma relatório da Inspeção Geral da Finanças, de 6 de março de 2023, que considerou o despedimento da administrador Alexandra Reis, com uma indemnização de 500 mil euros, ilegal e após uma Comissão Parlamentar de Inquérito em que a sua gestão foi passada a pente fino.

A ex-presidente executiva da TAP tem em curso um processo contra a transportadora portuguesa, alegando que o seu despedimento foi uma decisão política e pedindo uma indemnização de 5,9 milhões de euros.