O ministro da Coesão Territorial defendeu nesta quarta-feira, no parlamento, que o Banco de Fomento não teve, em cerca de 10 anos, o impacto esperado, verificando-se “muitas insuficiências”, e prometeu relançá-lo.
“O Banco de Fomento não tem tido, desde a sua fundação, o impacto na economia portuguesa que todos esperávamos. Este Governo não tem ideia de deixar cair o Banco de Fomento e estamos preocupados em relançá-lo para que tenha o impacto que é suposto ter”, afirmou Castro Almeida, em resposta aos deputados na comissão parlamentar de acompanhamento da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030 (PT 2030).
O titular da pasta da Coesão Territorial sublinhou ainda que algumas pessoas pensam que o Banco de Fomento é uma “instância de recurso” do sistema bancário para dar financiamento quando a banca tradicional não tem.
Neste sentido, o ministro esclareceu que esta instituição financeira tem um papel importante no que se refere ao financiamento de projetos de muito longo prazo, que não cabem no sistema bancário tradicional.
Castro Almeida referiu também que os agentes económicos já notam algumas melhorias no Banco de Fomento, mas ressalvou existirem ainda “muitas insuficiências”, que o Governo está a procurar melhorar.
Recorde-se que já em novembro passado o ministro da Economia, Pedro Reis, havia defendido a necessidade de desenvolver o Banco de Fomento para preencher algumas lacunas que existem em Portugal. Nomeadamente, acelerar a vertente comercial do Banco de Fomento para preencher falhas no mercado, defendendo também a simplificação dos modelos de candidaturas. “Tendo em conta as fragilidades que ainda existem na economia, é importante que exista um Banco de Fomento. O fundamental é ir mais além, ser competitivo nas respostas, preencher falhas de mercado”, defendeu na altura, no âmbito das discussões da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
Para isso, será necessário reforçar as parcerias com o Fundo Europeu de Investimento, com o Banco Europeu de Investimento e com InvestEU, considera o Governo. Assim como reforçar o vetor de apoio à internacionalização e ter modelos de aprovação simultâneos entre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030.
SSD com Lusa