A partir de Maio deste ano cerca de 50 jovens guineenses vão receber capacitação técnica na produção de caju na cidade brasileira de Fortaleza, no Ceará, numa iniciativa do Instituto Brasil-África, avançou esta semana o presidente desta instituição.

João Bosco Monte, que se encontra em Bissau, onde foi recebido pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse aos jornalistas, no final do encontro, explicando que formação terá duração de 15 dias.

O caju é o principal produto agrícola e de exportação da Guiné-Bissau. “Durante duas semanas, os jovens da Guiné-Bissau receberão treinamento na indústria produtiva do caju no Brasil, retornam depois para a Guiné-Bissau com uma mais-valia destacada nessa indústria”, declarou Monte Bosco.

Desde 2017 que o Instituto Brasil África desenvolve um programa de capacitação técnica de jovens africanos e este ano decidiu incluir a Guiné-Bissau no projecto, decisão que Monte comunicou a Sissoco Embaló.

É a primeira vez que a Guiné-Bissau é incluída no programa, que este ano conta com o apoio do Governo brasileiro e financiamento do Governo dos Emirados Árabes Unidos, “dentro de uma agenda de cooperação triangular sul-sul”, disse o presidente do Instituto Brasil-África.

João Bosco Monte considerou ser uma “experiência importante para a Guiné-Bissau” e “intercâmbio e troca de conhecimentos com o Brasil”.

“Disse ao Presidente que a Guiné-Bissau é um país importante, faz parte do conjunto de países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e o Brasil confere atenção a essa relação de amizade que nós queremos que traga benefício para o desenvolvimento económico do país”, enfatizou Bosco Monte.

O presidente do Instituto Brasil-África, citado pela Lusa, afirmou que Sissoco Embaló “recebeu da melhor maneira possível” a iniciativa da sua organização.