A margem operacional decresceu ligeiramente para 5,1%, impactada pelo impacto dos Jogos Olímpicos realizados em Paris, evento que acabou por diminuir as viagens de turismo para a capital francesa.

Apesar da forte procura e do crescimento do turismo a nível global, os resultados anuais da Air France-KLM foram impactados pelas greves realizadas no início do ano e aumento de custos, tal como a Lufthansa, que também reportou uma queda de 18% dos lucros, justificada pelos mesmos motivos.

As receitas do grupo aéreo franco-neerlandês, que é um dos três grandes europeus interessados na compra da TAP, cresceram 4,8% para 31,5 mil milhões de euros, impulsionadas pelo aumento da capacidade de 3,6%, uma receita unitária estável e um aumento das receitas de manutenção de terceiros, de acordo com a apresentação dos resultados de 2024.

Já os custos com salários cresceram 7,3% para 6,7 mil milhões de euros, enquanto os restantes itens desta rubrica aumentaram também quase 9% para 10 mil milhões de euros.

Analisando apenas o quarto trimestre do ano, reportou um crescimento dos proveitos de 6,4% para 7,9 mil milhões de euros.

"No quarto trimestre de 2024, a AirFrance-KLM teve um final de ano particularmente forte, concluindo um ano marcado por desafios operacionais e externos", destacou Ben Smith, presidente executivo do grupo, em comunicado.

No total, durante 2024, a Air France-KLM transportou mais de 97 milhões de passageiros, mais 4,7% face a 2024, com o fator de ocupação a situar-se em 87,8%, um ligeiro aumento de 0,5 pontos percentuais.

O grupo, que também detém a Transavia, reafirmou as perspetivas para 2025, esperando um aumento da capacidade entre 4 a 5% em relação a 2024.

A Air France-KLM, tal como a Lufthansa e IAG (dona da Ibera e British Airways) já mostraram publicamente interesse na privatização da TAP, processo que caso haja novas eleições legislativas pode ficar novamente suspenso.

SCR // MSF

Lusa/Fim