Numa nota divulgada depois de a mineradora ter anunciado um levantamento de três mil milhões de dólares da sua linha de crédito, a Fitch dá parecer positivo sobre a Vale.

"A Fitch considera a liquidez da Vale suficiente, com amortizações de dívida administráveis ao longo dos próximos 24 meses", afirmou Jay Djemal, da agência.

A agência de risco reforçou que a mina de Moatize, da Vale e do conglomerado japonês Mitsui em Moçambique, está em processo de conclusão e deve quase duplicar sua produção anual para 22 milhões de toneladas de carvão, após as recentes expansões e a finalização do corredor de Nacala, uma ligação logística ferroviária que permitirá o transporte do minério.

"Seguindo a criação da [mina de] Moatize, a mineradora brasileira também terá entre 2 mil milhões de dólares e 2,5 mil milhões de recursos da dívida de project finance, que serão injetados na joint venture [com a Mitsui] para refinanciar empréstimos de acionistas" apontou.

A agência de risco indicou, ainda, que a Mitsui estaria prestes a adquirir 15% da Vale Mozambique, entidade que detém 100% dos ativos de carvão da Vale em Moçambique, e 50% dos 70% de participação da empresa na entidade Corredor de Nacala, por aproximadamente mil milhões de dólares.

A tesouraria da Vale também deve ser reforçada pelo projeto S11D, em Carajás, no Brasil, que aumentará a produção de ferro da companhia em 80 a cem milhões de toneladas, em vez dos atuais 340 milhões de toneladas.

CYR // JMR

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