"Estamos a dar atenção ao desenvolvimento dos setores produtivos e um dos setores mais dinâmico e com mais potencial é o do turismo", disse Jorge Serrano, que é também empresário, à Lusa, no âmbito do primeiro Fórum de Investimento em Turismo, que começou hoje e termina sexta-feira na capital timorense.
Investidores e empresários estrangeiros e timorenses reuniram-se no Centro de Convenções de Díli para trocar ideias e descobrir novas oportunidades para o setor e perceber a "visão timorense" para o desenvolvimento do turismo no país.
O fórum inclui também exposições e visitas a locais de interesse.
Para Jorge Serrano, o evento é importante e deve acontecer todos os anos para que os investidores, principalmente os estrangeiros, conheçam a "potencialidade do turismo" em Timor-Leste.
"Sem dúvida que é preciso também melhorar as infraestruturas, principalmente a rede de internet, as estradas, e a formação de pessoas", salientou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria, considerando que se trata de desafios que existem em qualquer parte do mundo.
"As coisas desenvolvem-se desta forma", disse.
O vice-primeiro-ministro, ministro Coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo e Ambiente, Francisco Kalbuadi Lay, agradeceu aos investidores estrangeiros e disse esperar que sejam selados acordos no final do encontro.
"Há um investidor de Singapura interessado em investir no turismo, digitalização e transporte e telecomunicações", afirmou o vice-primeiro-ministro.
Francisco Kalbuadi Lay defendeu que a potencialidade existe e que só é preciso os empresários timorenses e estrangeiros acordarem investimentos.
Na informação disponibilizada aos investidores, o Governo timorense destaca entre as potencialidades de desenvolvimento da indústria turística o mergulho e atividades marítimas, incluindo a observação de baleias, as caminhas e o ecoturismo, como a observação de aves, mas também a produção de café como experiência cultural e económica.
Outro destaque é a história, a cultura e o património do país, que inclui arquitetura portuguesa, marcos da Segunda Guerra Mundial, mas também do movimento da resistência contra a ocupação indonésia.
MSE // VQ
Lusa/Fim