
O evento é organizado pela Casa da Dança e conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada, da Direção-Geral das Artes (DGArtes) e do Instituto Francês de Portugal.
O programa, que decorre no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB), no Fórum Municipal Romeu Correia (FMRC), no Largo do Farol de Cacilhas e na Casa da Dança, reúne artistas movidos pela experimentação de ambientes de convívio e colaboração, que favoreçam o intercâmbio de conhecimentos e acolham a pluralidade da experiência humana.
Segundo a organização, este ano a mostra aposta na convivência entre diferentes culturas, na partilha de afetos e na escuta ativa e empática, comprometida e corporificada em relação ao outro, como forma de ativar novos mundos possíveis.
A sala principal do TMJB recebe "E nunca as minhas mãos ficam vazias", a nova criação de Cristian Duarte, cujo título é inspirado num verso do poema "Apesar das ruínas", de Sophia de Mello Breyner, e "L´Envol", da premiada coreógrafa franco-argelina Nacera Belaza, que propõe uma dança que mantém o corpo em estado de queda, uma criação com ponto de partida na fotografia de um corpo que cai do World Trade Center, no atentado de 11 de setembro de 2001.
André Uerba recria "Æffective Choreography", também no TMJB, com 'performers' locais e em colaboração com a Fundação de Serralves, num trabalho que investiga estruturas, políticas e práticas de intimidade.
Neste trabalho, André Uerba cria um ambiente de partilha de práticas reservadas à esfera íntima, entendendo o exercício de vulnerabilidade como força e não falta dela.
Maria João Costa Espinho apresenta "Uivo", no FMRC, uma performance multidisciplinar que reflete sobre liberdade, resistência e transformação, através da experiência do corpo.
De acordo com a organização a performance "Uivo", de Maria João Costa Espinho em colaboração com Mariana Tengner Barros e Jonny Kadaver, é multidisciplinar e partilha micro contextos de liberdade, resistência e transformação, a partir da experiência do corpo.
Na Sala Experimental do TNJB, a coreógrafa grega Katerina Andreou apresenta "Mourn Baby Mourn", uma peça coreográfica e sonora.
No Largo do Farol de Cacilhas, o coreógrafo marroquino Taoufiq Izeddiou dirige "Danser la Ville", com 30 'performers' locais.
A programação deste ano conta ainda com um laboratório conduzido por Nacera Belaza, para partilha das suas investigações, e com conversas com artistas, após os espetáculos, mediadas pelo crítico Ruy Filho, proporcionando momentos de reflexão e troca de ideias.
A Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada procura trazer coreógrafos de excelência à cidade, num formato virado para a investigação, o intercâmbio e a qualificação artística, e que em cada edição criem ações que possibilitem o contacto direto com as propostas e práticas de artistas convidados.
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