Pinto da Costa prepara-se para lançar “Azul até ao fim” e já se sabe quem são as pessoas que o ex-presidente do FC Porto pretende ter no funeral. Na lista dos indesejados está Maniche que não deixou nada por dizer na CNN Portugal.

“Sou parte mencionada no livro, como sendo um traidor. 90% dos portistas são traidores por termos apostado e votado numa candidatura mais credível, mais transparente, sem vícios… Por isso, somos postos de parte com essas declarações”, reagiu o ex-jogador do clube.

“Mas aproveito para aconselhar toda a gente a ler o poema ‘Fim’, do nosso grande poeta Mário de Sá Carneiro. Termina dizendo: ‘A um morto nada se recusa”‘, continuou.

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“A grandeza das pessoas vê-se nas derrotas”

“Faço a vontade, não me choca, mas o livro não é só sobre os que vão e não vão, também está cheio de incongruências. Enviaram-me, ainda não comprei. Estou à espera que me ofereçam no aniversário, dia 11 de novembro, ou então no Natal. Acima de tudo com uma dedicatória, agradecendo o facto de ter participado com títulos nacionais, Taça de Portugal, Supertaça, UEFA, Champions, Intercontinental… Gostaria de ficar com a recordação. Mas espero que o ex-presidente dure muitos mais anos, para nos divertir com estas situações fantásticas”, lembrou o agora comentador.

“Mas três pontos essenciais: os piores negócios, segundo Pinto da Costa, foram Zé Luís e Nakajima, com a pressão do treinador Sérgio Conceição. Um treinador que, em sete anos, atingiu 530 M€ em vendas e 347 M€ em receitas da UEFA. Primeira incongruência. Segundo: depois do jogo com o Inter, disse ‘basta’. ‘Basta’ perante tanta desilusão, dizendo que não renovava com Sérgio Conceição. Verificámos que não fez nada disso, porque dois dias antes do ato eleitoral renovou com o mesmo. Terceira e última, porque não vou roubar espaço ao painel: a 17 de maio de 2023, disse que não se apresentava a votos. Mais uma verdade que acabou por não acontecer. Candidatou-se e foi derrotado. A grandeza das pessoas não se vê quando se ganha. Vê-se nas derrotas. Fico por aqui“, rematou.

Texto: André Sousa / Fotos: Impala