
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, deixou-nos este Sábado, dia 15 de fevereiro. No ano passado, o ex-dirigente sentou-se para uma conversa com Daniel Oliveira no ‘Alta Definição’ em que falou sobre a operação ao coração que foi sujeito em 2012 após ter adiado a cirurgia várias vezes.
“Eu fui operado ao coração, estava convencido que ia morrer. Isto porque eu andava há dois anos a adiar uma operação. E o médico um dia disse-me que eu estava mal, e que tinha mesmo de fazer a intervenção. Que não era perigoso mas tinha de ser já. E eu adiava sempre por causa do Porto“, confessou.
“Decidi levar os exames ao meu irmão, mas falei que era de um amigo. (…) Ele olhou, e disse: ‘O teu amigo já devia ter sido autopsiado. Esta aorta vai explodir a qualquer momento‘. Até que eu lhe digo que aquele amigo era eu. Imediatamente fui para a operação“, continuou.
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“Sabemos que é inevitável”
“Encarei com naturalidade. Ninguém sabia, eu disse na véspera aos meus colaboradores. (…) Eles não acreditaram e eu disse que, como podia ser especulado, que tinha deixado um anúncio, que veio a ser publicado, a dizer que tinha sido operado, e que tinha corrido tudo bem“, acrescentou.
“Mas também tinha um a comunicar a minha morte. Deixei o comunicado da minha morte. Está aqui. Se eu me safar, ponho este, se não me safar, estava ali pronto. Encarei mesmo com naturalidade. Aquilo que temos de encarar com mais naturalidade é aquilo que sabemos que é inevitável“, fez saber também.
O ex-presidente deu conta ainda que tinha deixado cartas para os dois filhos, Alexandre e Joana, antes da intervenção: “Na carta dei-lhes conselhos para que fossem sempre rigorosos, mas que acima de tudo se dessem bem“, afirmou.