O Dia Internacional da Mulher é um momento oportuno para avaliarmos não só os avanços alcançados, mas também todos os desafios que ainda se colocam na luta pela equidade de género no mundo corporativo. No setor farmacêutico, esta questão assume particular relevância, dada a sua influência direta na saúde global. Apesar do progresso conquistado, ainda existem desigualdades significativas entre homens e mulheres, especialmente no acesso a cargos de liderança, nas oportunidades de progressão na carreira e no reconhecimento profissional.

Nos últimos anos, a presença feminina na indústria farmacêutica tem aumentado de forma expressiva. As mulheres já representam uma fatia significativa da força de trabalho do setor, principalmente em áreas como a investigação e desenvolvimento ou produção e qualidade. No entanto, essa representatividade ainda não se traduz de forma proporcional nos cargos mais elevados de gestão. Muitas profissionais continuam a enfrentar obstáculos que dificultam o seu acesso a posições de liderança, seja por barreiras culturais, estruturais ou preconceitos enraizados.

Garantir a igualdade de género na indústria farmacêutica não é apenas uma questão de justiça, mas também um fator determinante para o crescimento e a inovação. Estudos comprovam que organizações que promovem a diversidade nos seus quadros de decisão obtêm melhores resultados financeiros, maior criatividade e maior capacidade de adaptação a desafios complexos.  Num setor essencial para a saúde e bem-estar da população, incorporar diferentes perspetivas é fundamental para encontrar soluções mais eficazes e acessíveis.

Para que esta transformação aconteça, é imprescindível que as empresas farmacêuticas adotem medidas concretas e tangíveis para fomentar a inclusão e a equidade. Entre estas medidas incluem-se programas de mentoria para mulheres, revisão dos critérios de progressão na carreira, garantia de igualdade salarial, criação de ambientes de trabalho flexíveis e iniciativas para sensibilizar as lideranças sobre os benefícios da diversidade. Além disso, é fundamental incentivar o desenvolvimento de lideranças femininas desde as fases iniciais da carreira, assegurando que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os seus colegas homens.

Neste Dia Internacional da Mulher, é essencial reafirmar o compromisso com a equidade de género e reconhecer que este é um tema que transcende o universo feminino, uma vez que impacta toda a sociedade. A indústria farmacêutica tem a oportunidade de ser um modelo de equidade, promovendo a inclusão e demonstrando que a diversidade é um dos pilares do progresso. Que esta data sirva não apenas para reflexão, mas sobretudo para impulsionar mudanças reais que conduzam a um futuro mais justo e equilibrado para todos.

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