António Couto dos Santos, político e antigo ministro da Educação de Cavaco Silva (entre 1992 e 1993), morreu esta segunda-feira (6 de janeiro), de forma repentina, aos 75 anos, enquanto jogava golfe em Matosinhos, no campo Citygolf, avançou ao Expresso fonte do PSD.

Ao início da tarde, a agência Lusa já tinha noticiado que um homem foi encontrado morto “a boiar no lago do campo de golfe”. O Expresso contactou o Citygolf para obter mais informações, mas os responsáveis não se mostraram disponíveis para prestar qualquer esclarecimento. O clube de golfe encontra-se encerrado.

Entretanto, no Facebook, o Citygolf partilhou uma nota de pesar na qual confirma a "infeliz ocorrência". "O associado António dos Santos, que efetuava uma volta de treino, teve a infelicidade de cair no lago do buraco 7 em circunstâncias ainda em investigação", refere a mesma nota.

O alerta foi dado peças 11h30 por golfistas que viram um corpo a boiar no lago do Citygolf. À chegada dos meios ao local, Couto dos Santos já se encontrava morto.

Segundo fonte dos Bombeiros de São Mamede, o corpo do antigo governante já seguiu para o Instituto de Medicina Legal do Porto. Desconhecem-se ainda as causas da morte.

Couto dos Santos ter-se-á deslocado de manhã para o local para jogar golfe, mas o taco não foi encontrado.

O PSD já reagiu à morte do antigo governante. "Foi com profundo pesar que a direção nacional do PSD recebeu hoje a notícia da morte de António Couto dos Santos", refere o partido em comunicado. "A direção do PSD perdeu hoje um amigo, o partido [perdeu] um ilustre militante e o país um dos principais defensores da causa pública", enfatiza o PSD, manifestando as condolências à família.

Natural de Esposende, Couto dos Santos tinha 75 anos. Engenheiro de formação, Couto dos Santos foi ministro da Educação, ministro dos Assuntos Parlamentares e ministro Adjunto e da Juventude. Ocupou igualmente o cargo de secretário de Estado da Juventude e foi o "pai" do Cartão Jovem.

Quando exerceu o cargo de ministro da Educação tornou-se célebre o episódio em que, no dia 16 de abril de 1993, um grupo de quatro estudantes universitários baixou as calças e mostrou o rabo a Couto dos Santos, em protesto contra o aumento das propinas.

Fora da vida política, foi presidente da comissão executiva da Associação Empresarial de Portugal (AEP), onde sucedeu à comissária europeia Elisa Ferreira, e também presidiu a holding empresarial de Ilídio Pinho.

Couto dos Santos desempenhou ainda as funções de cônsul honorário da Rússia no Porto, tendo apresentado a sua recusa ao lugar em 26 de fevereiro de 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.