Os resultados revelam que 26% dos condutores têm níveis de sonolência excessiva. Já um em cada 5 condutores apresentam alto risco de sofrer de apneia do sono, sendo que 10,7% relataram já ter sido diagnosticados com algum distúrbio do sono. Destes, destacam-se a insónia (53%) e a apneia do sono (41%).

O estudo analisou os hábitos de condução e revelou que 58% dos condutores conduziram, pelo menos uma vez, no ano anterior, quando estavam demasiado cansados e que 33% conduziram tão sonolentos que tinham dificuldades em manter os olhos abertos. O estudo destaca ainda que 9,4% dos condutores adormeceram ao volante enquanto conduziam.

“Os condutores profissionais, trabalhadores por turnos e jovens estão particularmente vulneráveis à fadiga na condução, devido a horários irregulares e a estilos de vida que aumentam o risco de sonolência ao volante”, alerta-se no estudo. Embora 86,9% dos condutores reconheçam que não se deve conduzir com sono e 91,4% admitam que essa condição aumenta o risco de acidente, 9,6% afirmam que continuariam a conduzir mesmo cansados e 18,4% acreditam que conseguem fazê-lo em segurança.

O estudo destaca ainda que 8,4% dos condutores estiveram envolvidos em, pelo menos, um acidente rodoviário no último ano, sendo que destes, 29,7% apontam o cansaço ou a sonolência como a principal causa. Quanto aos quase-acidentes, 44,9% dos condutores afirmam ter tido, pelo menos um, nos últimos 12 meses, com 20,9% desses casos associados à fadiga ou sonolência.

O estudo foi realizado pela Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), em parceria com a VitalAire, em dezembro de 2024, junto de 1002 condutores em Portugal.

MJG

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