"O apoio direto da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte] à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia marca uma perigosa expansão do conflito, com consequências graves para a segurança europeia e do Indo-Pacífico", disseram, numa nota conjunta.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e o Alto Representante da União Europeia pediram a Pyongyang que "cesse imediatamente toda a assistência" à Rússia, "incluindo a retirada das suas tropas".

O comunicado também criticou a estratégia de armamento da Coreia do Norte e apelou à "desnuclearização irreversível" do país.

"Os membros do G7 manifestaram a sua profunda preocupação com os programas nucleares e de mísseis balísticos da RPDC e reafirmaram o seu compromisso com a desnuclearização completa da península coreana", refere a nota.

Os ministros exigiram o abandono "completo, verificável e irreversível" por parte da Coreia do Norte de todas as armas e programas nucleares, bem como de "quaisquer outras armas de destruição maciça e dos seus programas de mísseis balísticos", de acordo com resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O comunicado do G7 surgiu horas depois dos chefes da diplomacia norte-americana, japonesa e sul-coreana, reunidos também em Munique, reafirmarem a sua "firme determinação pela desnuclearização completa" da Coreia do Norte.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Takeshi Iwaya, e o seu homólogo sul-coreano, Cho Tae-yul, "reafirmaram a sua inabalável parceria trilateral", de acordo com uma declaração conjunta enviada pelo lado norte-americano.

Os três líderes diplomáticos "reafirmaram a sua firme determinação pela desnuclearização completa" da Coreia do Norte, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", lê-se no texto.

Além disso, "expressaram a sua profunda preocupação com os programas nuclear e balístico da RPDC, as suas atividades maliciosas, incluindo o roubo de criptomoedas, e a sua crescente cooperação militar com a Rússia, assim como a necessidade de responder em conjunto" a estes desafios.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a Ucrânia tinham já afirmado que a Coreia do Norte enviou cerca de 11 mil soldados para a região russa de Kursk, desde outubro, para ajudar Moscovo a retomar o território, que está sob controlo ucraniano, desde uma ofensiva surpresa em agosto.

No final de janeiro, a Ucrânia garantiu que estes soldados tinham "sido retirados" da frente de combate.

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