De acordo com o primeiro Eurobarómetro de 2025, promovido pelo Parlamento Europeu e divulgado hoje, 76% dos cidadãos portugueses inquiridos consideraram que a UE devia ter um papel "mais importante" em matéria securitária, 10 pontos percentuais acima da média europeia (66%).

Só 2% dos cidadãos nacionais inquiridos opinaram que a União Europeia devia ter um papel "menos importante". Ao nível da UE, 10% dos cidadãos inquiridos consideraram que o bloco político-económico devia imiscuir-se menos nesta questão.

No que diz respeito às prioridades da UE para os próximos anos, os portugueses priorizaram mais a competitividade, economia e indústria (41%), a defesa e segurança (39%), e a segurança alimentar e agricultura (31%), do que a média dos 27 países do bloco comunitário, que é de 32%, 36% e 25%, respetivamente.

No entanto, os portugueses estão abaixo da média europeia (21%) quando o tema são os valores da UE, democracia e proteção dos direitos humanos. Só 17% priorizaram este assunto do total de cidadãos nacionais inquiridos.

Em relação à competitividade da UE, questão que ganhou particular interesse desde que os Estados Unidos da América anunciaram que poderiam penalizar algumas importações provenientes da União Europeia, 60% dos portugueses inquiridos têm uma opinião negativa da competitividade do bloco político-económico.

Portugal destoa da média europeia quando a questão é se os 27 países deviam estar mais unidos para enfrentar desafios globais. Ao nível da UE, 51% dos inquiridos responderam que concordam totalmente com esta ideia, mas só 39% dos portugueses são integralmente favoráveis a uma necessidade de maior união.

Em oposição à estatística anterior, 65% dos portugueses acham que nos próximos anos o papel da UE no mundo vai ser "mais importante", em comparação com os 44% que consideram o mesmo ao nível da UE.

O Eurobarómetro divulgado hoje resulta de entrevistas a 26.354 cidadãos dos 27 países da União Europeia, dos quais 1.040 foram portugueses.

As entrevistas aos cidadãos nacionais foram todas feitas presencialmente, entre 09 de janeiro e 29 de janeiro.

Já o inquérito ao nível da UE começou também no dia 09 de janeiro e terminou no dia 04 de fevereiro.

AFE // SCA

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