*com Vítor Hugo Monteiro

Respira o Torreense! Após quatro partidas a perder - três delas para o campeoanto -, a equipa de Torres Vedras voltou aos triunfos, vitimando o FC Alverca (1-0). Os forasteiros, por outro lado, não sentiam o sabor da derrota há seis jogos, quatro a contar para a Liga Portugal 2 Meu Super.

Sem perder desde que Vasco Botelho da Costa foi nomeado como treinador (apenas uma vitória no campeonato), os visitantes entraram na partida de forma autoritária. Eduardo Ageu e Brenner Lucas começaram a todo o gás, criaram duas claras oportunidades de golo, mas foram perdulários.

Estes dois sustos fizeram acordar a turma de Torres Vedras, que encontrou um trio diferenciador: David Costa, Balanta Jr. e Dani Bolt. Os dois últimos estiveram mesmo envolvidos no lance do único golo da partida. Balanta Jr lançou Dani Bolt na diagonal, o lateral direito fez jus ao nome e já ninguém o apanhou. Quando já pisava a área, ofereceu o golo a Vando Félix, que só teve de encostar.

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Durante o restante do primeiro período, os visitantes, que protagonizaram um início prometedor, pareciam ligeiramente combalidos pelo tento sofrido. Com os minutos a passar e o tempo a chegar ao fim, o conjunto da casa perdeu gás e viu o SCUT a volta à carga. Brenner Lucas e Andrezinho criaram mais duas ocasiões de possível golo, mas voltou a falhar o essencial: a concretização.

Gerir e voltar a somar

O emblema ribatejano, já nos segundos 45 minutos, recomeçou ao estilo da primeira parte. Mais vertigem, várias chegadas à baliza e um futebol com mentalidade mais ofensiva. Pressão média-alta, procura do erro por parte dos adversários e tentativa de recuperar a posse em zonas adiantadas. Ainda assim, faltou, notoriamente, maior controlo no centro do terreno.

Em função da questão acima apontada, o técnico dos alverquenses optou por operar uma mudança estrutural, ao desfazer a tática inicial de 3-5-2 para um 4-3-3. Mais gente no miolo do terreno, na tentativa de melhorar as transições ofensivas e resistir à pressão dos opositores.

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A falta de argumentos ofensivos do FC Alverca fez com que os momentos cruciais da partida fossem disputados a ritmo lento e com intensidade muito baixa. Quem beneficiou disto, no final, foi o Torreense, que acabou por gerir as incidências sem grandes momentos de frissom e impôs a segunda derrota da competição aos visitantes.