Gastão Elias perdeu nas meias-finais com o austríaco Sandro Kopp. Sérvio Stefan Latinovic e croata Mili Poljicak conquistam torneio de pares

Frederico Silva qualificou-se ontem (Sábado) para a final do 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António, o torneio da categoria M25, de 30 mil dólares (quase 29 mil euros) em prémios monetários, que termina hoje (Domingo), no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António.
A tão desejada final entre internacionais portugueses da Taça Davis – o que teria sido inédito na vila pombalina do Algarve – acabou por não acontecer, dado Gastão Elias, o 8.º cabeça de série, ter sido eliminado nas meias-finais pelo austríaco Sandro Kopp, o 7.º jogador do torneio, pelos parciais de 4-6, 6-4 e 6-3, em 2h25.
Depois disso, foi outra maratona de três sets, de 2h40, para Frederico Silva, o 2.º cabeça de série, afastar o romeno Cezar Cretu, o 6.º pré-designado, por 6-7 (3/7), 6-3 e 6-0.
Foram duas meias-finais exclusivamente entre cabeças de série e em ambos os casos trataram-se de primeiros confrontos entre os dois jogadores. O mesmo irá acontecer na final de hoje, marcada para as 11h00, pois Frederico Silva, de 29 anos, nunca mediu forças com Sandro Kopp, de 24 anos.
Na variante de pares, a dupla 3.ª cabeça de série, constituída pelo sérvio Stefan Latinovic e pelo croata Mili Poljicak, conquistou o título, ao bater na final o conjunto do uzbeque Sergey Fomin e do russo residente em Espanha Ivan Gakhov, por 6-4, 4-6 e 10/6. Fomin e Gakhov tinham batido nas meias-finais, realizadas de manhã, a equipa do português Francisco Rocha e do britânico Finn Murgett, por 4-6, 6-0 e 11/9.
Foi, realmente, uma jornada caracterizada pelo equilíbrio, pois todos os cinco encontros foram ao último set, tanto as meias-finais de singulares, como as meias-finais e a final de pares.
Frederico Silva mostrou estar fisicamente em grande forma, mesmo admitindo sentir-se bem menos fresco do que no início da semana. Encaixou o seu segundo encontro seguido em três sets, sempre à volta das duas horas e meia de jogo, e foi fisicamente que ‘rebentou’ no último set com a oposição de Cezar Cretu.
«Hoje foi ir buscar muito à atitude, à vontade, à resiliência, porque as coisas não estavam a sair. (…) Senti sempre que a qualidade da bola, os movimentos, a concentração, foram bastante inferiores ao que produzi ontem. Tive de ir procurando soluções. No final acabei por estar fisicamente melhor do que o meu adversário. Tive bastante mérito em sacar um encontro destes, depois de ter tido sensações tão más no campo», disse o campeão nacional, que cometeu uma pequena proeza. É que este Cezar Cretu é um especialista a defrontar ‘canhotos’ como o português. Fred Silva foi apenas o sétimo esquerdino a batê-lo e este foi o 31.º confronto do romeno com um ‘canhoto’.
Será a 41.ª final do jogador das Caldas da Rainha em torneios a contar para o ranking mundial do ATP Tour, a sua 36.ª em eventos do ITF world Tennis Tour e procura o seu 20.º título. No final do ano passado, em novembro, em dois torneios algarvios M25, em Vale do Lobo, tinha sido campeão e finalista. Agora, logo no segundo mês da nova temporada, aí está ele de novo numa final, frente a um adversário de que pouco sabe.
«Não o conheço muito bem, fui vendo a espaços o encontro dele com o Gastão, foi a primeira vez que o vi com mais atenção. Pareceu-me que joga bastante reto, tanto de direita como de esquerda. Nestas condições (rápidas) acredito que seja desconfortável jogar contra um jogador assim, mas ainda tenho de tempo de perguntar ao Gastão o que foi sentido. Pareceu-me que tem uma esquerda paralela perigosa, que faz mossa. Vou tentar recuperar bem, não tenho muito tempo (menos de 24 horas), para amanhã [hoje]estar o mais fresco possível. Tenho confiança de que se amanhã [hoje] for capaz de produzir um ténis melhor do que o de hoje, vou ter boas possibilidades de ganhar», analisou Fred Silva.
Será interessante saber o que Gastão Elias irá aconselhar ao seu companheiro da seleção nacional porque o jogador da Lourinhã tentou tudo, fartou-se de variar o jogo, mas Sandro Kopp ia sempre descobrindo maneira de contornar as dificuldades. O austríaco foi excelente a defender e desconcertante a contra-atacar.
«Não joguei o meu melhor ténis – reconheceu Gastão Elias – mas um pouco por conta dele. Hoje as condições estavam um pouco mais pesadas, mais humidade, a bola mais lenta, eu não conseguia criar-lhe tanta dificuldade… ao mesmo tempo, com estas condições, ele começou a soltar-se, a bater cada vez mais forte… a certa altura eu já não sabia para onde jogar-lhe. (…) Hoje também tive uma percentagem de primeiros serviços mais baixa, o que não ajudou, talvez por conta do cansaço, porque não jogava quatro dias seguidos há algum tempo. Estou chateado de ter perdido, queria ter ido mais longe neste torneio, mas tenho de reconhecer que ele esteve muito bem», disse o português que mais challengers venceu (10). Note-se que Gastão Elias não jogava uma meia-final em torneios internacionais desde janeiro de 2024!
Sandro Kopp é um simpático austríaco de 24 anos, que nunca esteve no top-300 mundial. Ao contrário de Gastão Elias e de Fred Silva, que foram estrelas mundiais de sub-18, este Sandro Kopp praticamente nem competiu a nível júnior e a explicação é simples, prendendo-se com o facto de ter começado muito tarde a jogar ténis.
«Venho de uma família em que ninguém joga ténis, mas cresci junto a courts de ténis e quis jogar, mas nada de especial. Até ter aí uns 10 anos jogava uma vez por semana. Talvez por isso ame tanto o ténis, porque nunca senti pressões de ninguém», começou por dizer-nos.
O facto de vir do país de campeões como Thomas Muster (ex-campeão de Roland Garros) e de Dominic Thiem (antigo vencedor do US Open) não teve qualquer influência: «Nunca liguei a essas coisas, só batia umas bolas à parede e gostava de competir. Nasci e vivo numa zona montanhosa, perto de Innsbruck, com muita neve, onde toda a gente faz esqui alpino, bem diferente daqui», contou.
Para Sandro Kopp será a sua 10.ª final em torneios do ITF world Tennis Tour, a primeira desde junho, e a quarta a nível de M25. Tem cinco títulos, dois dos quais de M25.
«Está a ser a primeira vez que estou a jogar ao ar livre nos últimos seis meses. Estou a viver uma boa semana e até surpreendido por estar a lidar tão bem com a situação. Estar na final é espantoso», admitiu.
O 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António conta para o ranking mundial do ATP Tour, e é organizado pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, com o apoio da Câmara Municipal (CMVRSA) e da FPT.
A tão desejada final entre internacionais portugueses da Taça Davis – o que teria sido inédito na vila pombalina do Algarve – acabou por não acontecer, dado Gastão Elias, o 8.º cabeça de série, ter sido eliminado nas meias-finais pelo austríaco Sandro Kopp, o 7.º jogador do torneio, pelos parciais de 4-6, 6-4 e 6-3, em 2h25.
Depois disso, foi outra maratona de três sets, de 2h40, para Frederico Silva, o 2.º cabeça de série, afastar o romeno Cezar Cretu, o 6.º pré-designado, por 6-7 (3/7), 6-3 e 6-0.
Foram duas meias-finais exclusivamente entre cabeças de série e em ambos os casos trataram-se de primeiros confrontos entre os dois jogadores. O mesmo irá acontecer na final de hoje, marcada para as 11h00, pois Frederico Silva, de 29 anos, nunca mediu forças com Sandro Kopp, de 24 anos.
Na variante de pares, a dupla 3.ª cabeça de série, constituída pelo sérvio Stefan Latinovic e pelo croata Mili Poljicak, conquistou o título, ao bater na final o conjunto do uzbeque Sergey Fomin e do russo residente em Espanha Ivan Gakhov, por 6-4, 4-6 e 10/6. Fomin e Gakhov tinham batido nas meias-finais, realizadas de manhã, a equipa do português Francisco Rocha e do britânico Finn Murgett, por 4-6, 6-0 e 11/9.
Foi, realmente, uma jornada caracterizada pelo equilíbrio, pois todos os cinco encontros foram ao último set, tanto as meias-finais de singulares, como as meias-finais e a final de pares.
Frederico Silva mostrou estar fisicamente em grande forma, mesmo admitindo sentir-se bem menos fresco do que no início da semana. Encaixou o seu segundo encontro seguido em três sets, sempre à volta das duas horas e meia de jogo, e foi fisicamente que ‘rebentou’ no último set com a oposição de Cezar Cretu.
«Hoje foi ir buscar muito à atitude, à vontade, à resiliência, porque as coisas não estavam a sair. (…) Senti sempre que a qualidade da bola, os movimentos, a concentração, foram bastante inferiores ao que produzi ontem. Tive de ir procurando soluções. No final acabei por estar fisicamente melhor do que o meu adversário. Tive bastante mérito em sacar um encontro destes, depois de ter tido sensações tão más no campo», disse o campeão nacional, que cometeu uma pequena proeza. É que este Cezar Cretu é um especialista a defrontar ‘canhotos’ como o português. Fred Silva foi apenas o sétimo esquerdino a batê-lo e este foi o 31.º confronto do romeno com um ‘canhoto’.
Será a 41.ª final do jogador das Caldas da Rainha em torneios a contar para o ranking mundial do ATP Tour, a sua 36.ª em eventos do ITF world Tennis Tour e procura o seu 20.º título. No final do ano passado, em novembro, em dois torneios algarvios M25, em Vale do Lobo, tinha sido campeão e finalista. Agora, logo no segundo mês da nova temporada, aí está ele de novo numa final, frente a um adversário de que pouco sabe.
«Não o conheço muito bem, fui vendo a espaços o encontro dele com o Gastão, foi a primeira vez que o vi com mais atenção. Pareceu-me que joga bastante reto, tanto de direita como de esquerda. Nestas condições (rápidas) acredito que seja desconfortável jogar contra um jogador assim, mas ainda tenho de tempo de perguntar ao Gastão o que foi sentido. Pareceu-me que tem uma esquerda paralela perigosa, que faz mossa. Vou tentar recuperar bem, não tenho muito tempo (menos de 24 horas), para amanhã [hoje]estar o mais fresco possível. Tenho confiança de que se amanhã [hoje] for capaz de produzir um ténis melhor do que o de hoje, vou ter boas possibilidades de ganhar», analisou Fred Silva.
Será interessante saber o que Gastão Elias irá aconselhar ao seu companheiro da seleção nacional porque o jogador da Lourinhã tentou tudo, fartou-se de variar o jogo, mas Sandro Kopp ia sempre descobrindo maneira de contornar as dificuldades. O austríaco foi excelente a defender e desconcertante a contra-atacar.
«Não joguei o meu melhor ténis – reconheceu Gastão Elias – mas um pouco por conta dele. Hoje as condições estavam um pouco mais pesadas, mais humidade, a bola mais lenta, eu não conseguia criar-lhe tanta dificuldade… ao mesmo tempo, com estas condições, ele começou a soltar-se, a bater cada vez mais forte… a certa altura eu já não sabia para onde jogar-lhe. (…) Hoje também tive uma percentagem de primeiros serviços mais baixa, o que não ajudou, talvez por conta do cansaço, porque não jogava quatro dias seguidos há algum tempo. Estou chateado de ter perdido, queria ter ido mais longe neste torneio, mas tenho de reconhecer que ele esteve muito bem», disse o português que mais challengers venceu (10). Note-se que Gastão Elias não jogava uma meia-final em torneios internacionais desde janeiro de 2024!
Sandro Kopp é um simpático austríaco de 24 anos, que nunca esteve no top-300 mundial. Ao contrário de Gastão Elias e de Fred Silva, que foram estrelas mundiais de sub-18, este Sandro Kopp praticamente nem competiu a nível júnior e a explicação é simples, prendendo-se com o facto de ter começado muito tarde a jogar ténis.
«Venho de uma família em que ninguém joga ténis, mas cresci junto a courts de ténis e quis jogar, mas nada de especial. Até ter aí uns 10 anos jogava uma vez por semana. Talvez por isso ame tanto o ténis, porque nunca senti pressões de ninguém», começou por dizer-nos.
O facto de vir do país de campeões como Thomas Muster (ex-campeão de Roland Garros) e de Dominic Thiem (antigo vencedor do US Open) não teve qualquer influência: «Nunca liguei a essas coisas, só batia umas bolas à parede e gostava de competir. Nasci e vivo numa zona montanhosa, perto de Innsbruck, com muita neve, onde toda a gente faz esqui alpino, bem diferente daqui», contou.
Para Sandro Kopp será a sua 10.ª final em torneios do ITF world Tennis Tour, a primeira desde junho, e a quarta a nível de M25. Tem cinco títulos, dois dos quais de M25.
«Está a ser a primeira vez que estou a jogar ao ar livre nos últimos seis meses. Estou a viver uma boa semana e até surpreendido por estar a lidar tão bem com a situação. Estar na final é espantoso», admitiu.
O 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António conta para o ranking mundial do ATP Tour, e é organizado pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, com o apoio da Câmara Municipal (CMVRSA) e da FPT.