O Benfica mantém carreira totalmente vitoriosa e quebrou a do OC Barcelos, com um triunfo expressivo e convincente, por 9-3, sobre os minhotos, esta quarta-feira no Pavilhão da Luz. Com este sucesso em noite de exibição de gala e de golos com alta nota artística, os encarnados igualaram os barcelenses no topo da classificação do Campeonato Placard.  

Os minhotos chegaram a este jogo na liderança do campeonato, com mais três pontos do que os lisboetas, segundos classificados, com menos um jogo. Todavia, tão motivadores quanto essa posição, resultante de vitórias nas quatro partidas jogadas até ontem, foram a conquista da Supertaça (3-2 ao FC Porto) e a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões, eliminando o detentor do troféu Sporting (3-2). Essa galvanização dos barcelenses sentiu-se no ímpeto e desinibição com que evoluíram nos primeiros minutos no recinto dos benfiquistas, apesar do privilégio à coesão defensiva, fechando-se na metade mais recuada do seu meio-rinque, mas impositivos sempre em ataque organizado.

E não foi um primeiro golpe na estrutura, desferido pelo espanhol Pau Bargalló com a abertura do ativo aos 6 minutos, desmobilizou o OC Barcelos, e muito menos o concentrou, não tardando a responder. O argentino Danilo Rampulla, apenas três minutos volvidos, disparou fortíssimo para as malhas da baliza de Pedro Henriques e empatou o jogo.

Foi o mote para uma primeira parte de grande intensidade e espetáculo no pavilhão da Luz. Num momento de inspiração individual, o francês Roberto di Benedetto repôs a vantagem para os encarnados (15’), que, demasiados faltosos (5 em 4 minutos), atingiram a 10.ª infração aos 20’ e expuseram-se a livre direto, que Miguel Rocha transformou em mais um empate (2-2).

O jogo estava em frenesim e bastaram dois minutos para as águias voltarem a marcar, em remate rasteiro de Diogo Rafael. O descanso está aí, e as equipas mereceram-no.

Contudo, logo após o reatamento reabriram-se as hostilidades, com o Benfica a alargar para dois golos a vantagem pela primeira vez no encontro. Nem 3 minutos decorridos depois do intervalo, Nil Roca faturou em lance em que Conti Acevedo foi mal batido.

Mais distante no resultado, o OC não baixou os braços e Miguel Rocha surpreendeu com um remate cheio de oportunismo, reduzindo para 4-3 (5’). O eventual efeito revitalizador deste golo para os galos foi-lhe tolhido ainda naquele minuto pelo quinto da equipa da Luz, marcado por João Rodrigues. Foi revés demasiado para o OC Barcelos e a golpe libertador para o talento individual do Benfica, expressado no vistoso remate em colher de Lucas Ordoñez para o sexto e decisivo tento (13’). José Miranda, e ainda Nil Roca e Bargalló a bisarem com espetaculares golos, reforçaram o pecúlio da águia para uma imprevista novena.