
Mudam os intervenientes… mantém-se a consistência. Falamos do setor mais recuado do SC Braga nos últimos cinco jogos para a Liga, período absolutamente vitorioso dos guerreiros do Minho, cujos artistas têm variado de jogo para jogo e por razões várias.
Começando, desde logo, pela baliza. Matheus foi o titular nos dois primeiros encontros desta série triunfal – Benfica (2-1) e Estrela da Amadora (1-0) -, mas a saída do brasileiro (foi emprestado ao Ajax até final da época com o emblema neerlandês a ficar com uma cláusula de opção de compra de 3 milhões de euros) potenciou a subida de Lukas Hornicek ao topo da hierarquia das redes arsenalistas.
Nessa vitória da Luz, e olhando aos lugares do setor mais recuado, Carlos Carvalhal apresentou três defesas-centrais – Robson Bambu, Niakaté e Adrián Marín -, com Víctor Gómez e Gabri Martínez a alinharem nos corredores.
No encontro seguinte, no terreno dos tricolores, o técnico dos bracarenses passou para uma linha de quatro defesas, com Víctor Gómez à direita, Niakaté e Bright Arrey-Mbi no eixo, e Yuri Ribeiro (que rumou neste defeso ao Blackburn) à esquerda.
O esquema tático acabou por ir ficando e o sucesso… também. Diante do Boavista (3-0) – e já com Lukas Hornicek na baliza -, a novidade foi do lado canhoto da defensiva, com Francisco Chissumba a assumir a posição.
Também uma mexida foi verificada no difícil triunfo no reduto do Moreirense (2-1), com Paulo Oliveira a ocupar o lugar de Niakaté no eixo da retaguarda. E na partida da última ronda, diante do Gil Vicente (2-0), foi João Ferreira a aparecer à direita, na vaga do lesionado Víctor Gómez.
O espanhol, de resto, é a grande dúvida para o dérbi frente ao Vitória de Guimarães, podendo o português manter-se no onze. Com Francisco Chissumba certo do lado esquerdo, a incógnita maior parece ser no centro da defesa: Paulo Oliveira e Bright Arrey-Mbi podem voltar a fazer dupla, mas Robson Bambu é também opção para Carvalhal.
Certo é que, jogue quem jogar, a segurança parece estar garantida. Pelo menos, a julgar pelos números: nos últimos cinco jogos (e com… cinco vitórias), o SC Braga sofreu apenas dois golos (Benfica e Moreirense). E marcou 10 – média de 2 por partida.
Não é por acaso que os bracarenses são a quarta melhor defesa da Liga, 20 tentos consentidos em 21 jornadas. Melhor só Sporting (16), Benfica e FC Porto (ambos 18).