Vítor Bruno esteve no auditório do Dragão a falar à comunicação social este domingo. O FC Porto visita a Vila das Aves, casa do AVS, na segunda-feira à noite, no jogo de encerramento da 9ª jornada da I Liga. O treinador aproveitou a conferência de imprensa para esclarecer palavras anteriores sobre Rodrigo Mora e sublinhou a vontade de criar bases para alcançar um «futebol artístico, um futebol champanhe».

AVS: «Ainda não perdeu em casa e não sofreu golos nos últimos três jogos. Esta prova é o nosso objetivo prioritário. O AVS é equilibrado, organizado e tem, gente acutilante na frente. Teremos de ser competentes com e sem bola. Vamos levar o que é nosso para jogo e competir, para voltar de lá com três pontos.»

Gestão no meio de tantos jogos: «O sentido de responsabilidade é sempre o mesmo. O ciclo é denso, há muitos ogos, mas nesta fase ainda não se coloca muito essa questão. Se o jogo fosse hoje, sim. Não é o caso. Olhamos mais para a dimensão estratégica da partida. Amanhã ainda trabalharemos um ou outro pormenor e iremos com os melhores para ganhar o jogo. E às vezes os melhores saem a partir do banco para resolver.»

Fábio Vieira: «O mimo não era de minutos, mas de gestos e palavras. Teve dois anos fustigados por lesões. Para um jogador como ele, isso é sufocante. Está a dar passos e é uma opção para jogar. Depende do perfil. tem-me dado sinais de que está melhor.»

Meio ano de André Villas-Boas: «Já? A estabilidade que eu procuro é nos resultados. O clube está bem entregue. Eu sou transitório, somos todos. O presidente terá outra longevidade. Tudo o que seja dissonância e ruído, não contem comigo. Contem para aglutinar.»

Palavras a Rodrigo Mora: «Prometi que não ia tocar mais no assunto. Interpretaram-no de forma errada. O que eu quis foi falar do comportamento dele sem bola, desde o jogo do Bodo/Glimt para o jogo a seguir com o Arouca. Quem fizer uma análise atenta ao rendimento dele nesse aspeto do jogo, percebe do que estou a falar. O próprio Rodrigo percebe, pois foi logo partilhado com ele no dia desse jogo com o Arouca. Para ele perceber [a diferença] de um momento para o outro. Foi muita coisa extrapolada e a mim incomodou-me.»

«Foi um bocadinho faltar à verdade, não digo que conscientemente, mas à minha verdade sobre comportamentos que eu queria passar. Referia-me a comportamentos transversais a três ou quatro jogadores. Quis elogiar quatro jogadores que têm tido um comportamento diferente nos momentos sem bola. E nunca elogiar três e criticar um. Houve quem quisesse levar para outro lado, não sei com que intenção. Os jogadores ouvem as conferências, ainda bem. Isto é falado com os atletas, não cheguei aqui e lembrei-me das coisas. Durmo sempre descansado.»

Processo defensivo vs ofensivo: «Quem foi mais utilizado frente ao Hoffenheim, treinou no campo uma hora e 40 até este momento. Estamos a falar de um processo de crescimento numa equipa nova. A juntar peças, a formar um puzzle que seja bonito e em que as pessoas se revejam. As coisas têm de ser validadas no treino e o espaço/tempo para treinar tem sido pouco. O FC Porto era a equipa que mais oportunidades criava e remates fazia, de acordo com a Liga. Andamos sempre à procura da perfeição. Há momentos em que já estivemos bem, outros não tão bem. Contra o Hoffenheim falaram do processo defensivo e eles tiveram um remate enquadrado na baliza. Temos de ser agressivos no momento da recuperação. Queremos um futebol espetáculo, champanhe e artístico. Mas temos de perceber o momento, criar bases e ir passo a passo. Vamos lá chegar.»

Ansiedade na competição: «Se [a equipa] estiver sempre ansiosa e ganhar 2-0 todos os jogos, dê-me uma folha e eu assino já.»