De acordo com a diretora do Museu Nacional Machado, Sandra Costa Saldanha, as peças restauradas são esculturas em madeira policromada, dos séculos XVII e XVIII.

"O conjunto das 16 peças restauradas são todas provenientes de antigas casas religiosas da Região Centro e também de Lisboa. São, sobretudo, seis as grandes proveniências destas peças, de diferentes colégios, conventos e capelas", destacou.

O Museu Nacional de Machado de Castro apresentou esta tarde os resultados da campanha de restauro "Eu apoio uma obra", desencadeada em 2022 pela Liga de Amigos deste museu, e que permitiu o restauro de 16 esculturas.

A campanha permitiu angariar cerca de 30 mil euros, contando com a parceria do Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património - CEARTE, do Atelier Samthiago - Conservação e Restauro e do Instituto Politécnico de Tomar.

Para Sandra Costa Saldanha, tratou-se de uma iniciativa de especial relevância nos capítulos da responsabilidade social e consciencialização pública para as questões da salvaguarda patrimonial.

"As peças clamavam por atenção do ponto de vista da conservação, mas também do ponto de vista do conhecimento", acrescentou.

As peças restauradas podem agora ser visitadas na exposição intitulada '[S]em Reserva[s]: Patrimónios Revelados', que estará patente no Museu Nacional de Machado de Castro até ao dia 25 de julho.

"Esta exposição, além de apresentar as peças renovadas, restauradas e com conhecimento - porque foi também feito um estudo e uma investigação sobre estas peças -, apresenta-as de algum modo em contexto. Juntámos às peças restauradas outras peças com as mesmas proveniências e, portanto, também desse ponto de vista, se apresentam algumas novidades com outras peças das reservas e de alguns emprestadores para esta exposição", informou.

Entre as peças restauradas, com uma altura média de 50 a 80 centímetros, figuram representações de Santo Estêvão, Santo Inácio de Loyola, a Sagrada Família (três peças), São Teotónio e Imaculada Conceição, entre outros.

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