Procuro evitar gente que não gosta de mim e tem um olhar com imensa carga negativa. Fazem tudo para não me cumprimentar e fazer de conta que não me reconhecem, mas estão atentas a tudo que faço.

Procuro viver na minha bolha, isto é, falar e estar com gente que me aprecia, trata bem, me considera, me conhece e me tolera. Não vale a pena, estar ou sequer falar com gente que nos detesta ou pelo nosso brilho, ou pela roupa que vestimos, ou pelo que somos, ou pelo que conseguimos ou pelo que temos.

Viver é difícil como diz o meu pai, porém, ainda há tanto espaço no Mundo. Devemos procurar evitar essas pessoas. Quando estamos a trabalhar tal não é possível, mas quando passamos a ser administradores da nossa vida e diretores-gerais do nosso tempo, vulgo reformados é uma questão de se pensar e querer. Evitar pessoas que nos querem mal ou criam rivalidades e ciúmes estéreis connosco, sejam familiares ou amigos(as). Convém ter uma estratégia de afastamento.

O melhor que temos a fazer é viver a nossa vida sem atropelar os outros, as reações temos que procurar ignorar e fazer de conta. Viver, viver, procurarmos ser felizes e ter uma espécie de termóstato em defesa da nossa sanidade mental, que nos permite desligar e ignorar. Nem sempre é possível. O ser humano tem sentimentos, mas convém aprender a ter um grau de insensibilidade para com quem nos aborrece e nos dá cabo da cabeça. Viver em acalmia e serenidade não é nada fácil, mas está nas nossas mãos essa decisão. Evitar ter dívidas e não estar obcecado por tudo que se vê querer.

Costumo dizer que viver e procurar ser feliz passa por saber abdicar. Abdicar de fazer tudo e mais alguma coisa, abdicar de ter o que os outros têm. No fundo, viver passa também por optar. Eu gosto de viver e procuro ser feliz à minha maneira. Nem sempre o consigo, mas não desisto. Afinal viver e procurar ser feliz é tão simples que se torna tão complicado.

Fundador do Clube dos Pensadores