Tal como o filósofo Cipolla sempre descreveu, não poderemos ter medo, como tantos profissionais políticos ou comentadores de “bolas de berlim” têm, de descrever a realidade que vivemos.

Não percebo o “medo” evidente que a AD tem de André Ventura, que eu sei que é um democrata cristão e que, por assim ser, penso que deveria ser considerado para a resolução deste impasse absurdo promovido por um show-off mimado (apenas para o protagonismo) de uma certa classe política que tanto nos tem incomodado.

Aliás, tenhamos todos consciência que um orçamento do Estado pode ser relevante mas não é o fim do Estado ou de um governo.

Considero, e nunca me canso de destacar, que estar na política não é a vulgaridade “de se aspirar ao poder como um direito, mas aceitar e exercer o poder como um dever”.

Por isso, meus caros políticos, não brinquem connosco. Especialmente, não brinquem connosco neste cenário político e geopolítico, nesta era de guerra e de enormes mudanças globais em relação às quais, objetivamente, não estamos, como Pátria, minimamente preparados.

Resolvam o que precisam de resolver. Ou, se não conseguem resolver e alinhar estes vossos miseráveis interesses difusos, não resolvam e assumam isso. Pois, os portugueses facilmente resolverão.

Nós, os portugueses, estamos cansados, fartos e exaustos da miséria intelectual, política e de carácter com que temos sido confrontados.

Como hoje já não posso dizer nem chega nem basta, expressões que nos foram “eliminadas” (como se tem “eliminado” quem pensa e tem opinião, ao invés de se valorizar os poucos não-"lambecumbistas", como sempre bem identificou Miguel Esteves Cardoso), talvez possa escrever e gritar: cresçam e apareçam! Trabalhem, para construírem a Pátria e o Portugal que precisamos de voltar a ser.

Há limites.