Noticia-se que "O sol já se pôs, é hora de portugueses e imigrantes se sentarem à mesa para comemorar o Ramadão", como se tal fizesse parte dos nossos hábitos.

Na chegada ao Cairo para uma cimeira, António Costa posta nas redes sociais um Ramadan Kareem para todos.

Discursando pela ONU, António Guterres saúda o Ramadão.

Cristiano Ronaldo não vai ser chicoteado, apesar de ter sido filmado a dar um beijo na testa a uma artista iraniana com deficiência o que, segundo a respetiva lei, é visto como adultério. Um homem comprometido não pode sequer tocar numa mulher solteira que não seja da sua família.

Em todo o lado, desde o Alentejo profundo até Cascais, câmaras municipais portuguesas patrocinam as celebrações do Ramadão.

A página oficial do Futebol Clube do Porto deseja um Santo Ramadão.

No jogo do Manchester United - Fulham, o árbitro parou a disputa  para que os jogadores muçulmanos bebessem água e comessem, no horário  em que a fé lhes permite.

Um reality show inclui um muçulmano que celebra  o Ramadão e tempo de antena para as respetivas explicações.

Isto tudo e muito mais em menos de 24 horas. Pelo meio, muitos católicos lamentam que não se anuncie a Quaresma da mesma forma, muitos cidadãos repudiam aquilo que veem como uma descaracterização da nossa civilização (o Estado já não é laico?, param a bola para outras celebrações/permissões  religiosas?! ),  tantos outros sentem-se invadidos e ameaçados, considerando que estes fluxos migratórios são mesmo uma substituição populacional e um golpe no nosso modo de vida. Enfim, muitos portugueses acham  que são menos protegidos e respeitados do que estrangeiros residentes.

Que o diga António Barroso, proprietário de dois prédios na Rua do Benformoso, no Martim Moniz em Lisboa, expropriados pela autarquia para a construção de uma mesquita. Que o digam as mulheres assediadas ou violadas no dito Martim Moniz, os comerciantes esmagados pelas "lojas de conveniência", os trabalhadores com salários comprimidos por via desta concorrência.

Na verdade, na Alemanha (Colónia, Nuremberga ou Roterdão) também se cancelam carnavais e corsos após a chantagem do ISIS ou, no Reino Unido, a coroa real assinala o Ramadão. Esta normalização ou habituação corre por toda a Europa, paralela à rejeição pelas populações autóctones. Os eurobarómetros, as sondagens e os estudos de opinião não dão margem para dúvidas. A chegada massiva de muçulmanos e de hindus à Europa (a maioria para mão-de-obra escrava) é  mal vista pelos europeus mas os governantes forçam-na, desprezando a vontade dos eleitores e garantindo saber o que é melhor para eles, como se de crianças ou oligofrénicos se tratasse.

Juram que os imigrantes são essenciais  para inverter o inverno demográfico e para a revitalização da economia. Só que muitos franceses querem é condições para mais bebés franceses e muitos italianos querem mais bebés italianos. Além disso, se, no início do século, a percentagem de imigrantes residentes era quase residual e agora é 10% ou 15% em tantos países europeus, onde está o milagre económico? Alô?

Mesmo que a imigração fosse a panaceia e o elixir milagroso para os problemas do velho continente, se os europeus a rejeitam, não há como a impor. Na Europa da filosofia grega, lei romana e matriz cristã não haverá propaganda que chegue, mesmo com o e no Ramadão.

Ativista Política 

Cortexfrontal@gmail.com